SÉRIE PROVOCAÇÕES - EGOÍSMO: O NARCISO SUICIDA
Voltando a falar sobre o egoísmo por um grande e revoltante motivo, a atual situação do Brasil em meio a crise da pandemia do corona vírus em Abril de 2020 e enquanto o mundo só precisa se preocupar com uma praga do Egito mundial por vez (chupa Ramsés!), o brasileiro tem que lidar com seu excrementíssimo presidente do poder executivo que, parece estar levando o termo pelo lado errado ao parecer querer executar seu povo, negando a gravidade da situação nacional e mundial, com ataques cada vez mais pesados contra a realidade, a vida das pessoas e o bom senso. Pra quem duvida, hoje ele demitiu o MINISTRO DA SAÚDE durante o ápice da pandemia porque ele OUSOU ter mais popularidade que ele…
Partimos então do narcisismo dessa figura nefasta que a população conseguiu eleger na eleições de 2018 onde o anti-petismo foi moldado entre Fake News e e o estímulo contínuo do fascismo latente no coração do “cidadão de bem” que já se manifestava entre revoltas estúpidas contra os Direitos Humanos, como se fossem ETs de Varginha refugiados no Brasil, algo similar ao que a classe média faz, ao se achar americana ou européia por causa de seus sobrenomes com W, Y e ZZ, desprezando a realidade que vêem no espelho: seu nariz de mestiço de índio e sua ancas de mestiços de africanos, duas etnias vítimas do antigo “liberalismo” europeu que se manifesta agora como proto-fascismo, trocando a igreja católica romana por algo mais quilingue, o neopentecostalismo freestyle, que já citamos antes no texto do PeriFascista, que deve ser muito bom já que inspirou até ladrões de conteúdo e capa que chamarei de “inspirados”.
Assim como o presidente que se diz patriota e renega quase tudo que é nascido da cultura nacional, ele, o gado, também se vê ao espelho como um dos grandes cânceres sociais do mundo, o “cidadão de bem”. Além de ser o nome do jornalzinho da KKK, é o termo usado pelo fascista para que não fique mal visto pela sociedade e até encontre adeptos. Já tratamos sobre esse assunto antes mas aqui temos a evolução trágica desse ser, quando elevado ao cargo mais importante da república e acaba empoderando seus idólatras a ponto de se projetarem no lugar dele, ao invés de o verem como uma figura inalcançável, como antes na pessoa de um guru, sábio, intelectual ou simplesmente uma pessoa que passou em um concurso público.
A primeira vista pode parecer pleonasmo dizer “narcisista suicida” pois Narciso, na mitologia grega, acabou se matando ao tentar beijar sua figura projetada no espelho de água e se afogando mas devemos separar as diferenças, a principal é que Narciso é uma metáfora que se manifesta como um conto de precaução, para que as pessoas reflitam sobre megalomania, se achar demais, prepotência por seus atributos e o proto-fascista tupiniquim vai na contra-mão da proposta, é um desqualificado intelectualmente, ou simplesmente um burro do caralho!
Desabafos a parte, outro ponto relevante que diferencia o gado do Narciso é que foi um suicídio por acidente, o que os advogados chamariam de Imprudência, Imperícia ou Negligência. Já eu chamo de suicídio culposo, pois não teve a intenção de se matar mas correu o risco e no caso dos nossos jumentinhos empoderados temos a ciência plena da situação, muitas fontes de esclarecimento na era da informação, mas tudo fica resumido à uma coisa: realidade como opinião. Já havíamos tratado como a “opinião” virou um câncer no debate público mas não esperava que as empresas de grande mídia adotassem os Influencers do Terceiro Reich em seus canais oficiais pela ganância da audiência/views que chegam ao ponto de afirmarem que a Pandemia e seu combate segundo a OMS tem que se escutar o outro lado…
Seria, O VÍRUS???
Voltando um pouco ao gado que caminha contente e raivoso para o abatedouro diversificado que seus algozes prepararam, esse ser bovino idolatra a figura burra do presidente exatamente porque estão olhando um espelho! Antigamente uma figura respeitável era uma projeção idealizada de muitas qualidades, mesmo que duvidosas, mas eram vendidas em discursos como feitos dignos de admiração, mas agora, é a negação rebelde da realidade que acalenta o coração desses bovinos incautos, vítimas não inocentes, que interpretam como “chegou a minha vez! Os humilhados sendo exaltados!”.
No fim do ano passado Vladmir Safatle já falava sobre o Necro Estado brasileiro, onde a morte era a maior atividade política e econômica do (des) governo federal e estaduais, em destaque para o RJ com seu ex-fiel seguidor do ex-partido do presidente, que mesmo rompidos por desalinhamento realístico, ainda usa a execução dos pobres como política e como esperado, na guerra as drogas, as drogas ganham de lavada mesmo com exército, polícias, BOPE e o falo ao quarto, nas ruas ao combate provendo o genocídio de homens pobres e negros com o bônus nefasto de trabalhadores transitando e crianças em uniforme escolar. Mesmo essa pessoa com essa mentalidade conseguiu ver um limite nos absurdos genocidas do discurso oficial da presidência, é como se Hitler falasse “pega leve aí, irmão!” para alguém que o chocou.
Pra quem achar que usar Hitler foi apelação, saiba que Bolsonaro foi escolhido o PIOR presidente lidando com essa crise, numa era onde Kim Jong Un e Ali Khamenei ainda controlam suas ditaduras assassinas e até Putin e Trump voltaram atrás em suas decisões. O que o realista filósofo Vladmir não esperava era a evolução da necropolítica para Estado Suicidário, onde o presidente é o cowboy que conduz o Gado para a morte, contanto que se salve a economia, contrariando todo o resto do mundo, a medicina, mas a favor de quem menos precisa de mais dinheiro: os ricos. Existe algo mais inútil que um multimilionário? E um bilionário, pra que serve?
Enquanto esse gado espumante de raiva pretende realmente sacrificar seus pais, tios e avós para romper a quarentena e retornar ao trabalho, caso sobrevivam, vão ter que lidar com uma grande decepção, além da ter sido enganado ao votar no Lula, Dilma, Aécio e o governador oportunista da última eleição em seu estado, a desolação sem remédio de ter sacrificado tua família, que ele defendia em discurso, por seguir cegamente um Jim Jones amarrotado, causará mais depressão e negação da realidade, um impacto que esse individuo não tem condições de lidar, visto que essa teimosia toda é para não dar o braço a torcer, onde o ego se torna seu único refúgio como pessoa. Podemos esperar em breve uma grande demanda de profissionais de saúde mental no pós-pandemia?
Enquanto o ápice da doença no Brasil é esticado devido à rebeldia dos seguidores suicidas do BolsoNero, vamos tentando neste momento de isolamento social buscar meios de convencer esses terraplanistas cognitivos de que a pandemia, quanto a morte, não são questões de opinião, são fatos inegáveis, irreversíveis, com um discurso assertivo e receptivo, enquanto controlamos o nosso Narciso do “eu bem que te avisei!” pelo “ainda tem jeito, vamos juntos!” e assim renovar a esperança num Brasil pós- ditadura da burrice.
Vamos reocupar o espaço que os influencers do fascismo tropical tomaram no coração desamparado das pessoas, isso é o máximo de otimismo que consigo ter agora.
